Trago uma reflexão sobre uma crítica que eventualmente aparece contra o consumo supostamente exagerado de suplementos com proteínas e que isso poderia trazer danos a nossa saúde. A crítica se faz devido ao aumento do consumo desses suplementos ao redor do mundo e como isso poderia impactar a nossa saúde a longo prazo. Mas talvez os críticos tenham se esquecido que esse movimento é decorrente e em oposição ao consumo exacerbado do açúcar. Logicamente não estou aqui para guiar ninguém para consumo exagerado de proteínas, mas vamos recorrer à ciência.
O whey protein, ou proteína do soro do leite, foi considerado um resíduo pela indústria de laticínios por décadas. Mas felizmente o seu potencial como um suplemento está sendo reconhecido nas últimas décadas. O soro de leite contém de 15 a 20% de proteínas totais do leite com alta qualidade nutricional e de rápida absorção. Essa proteína do soro do leite é globular com os seguintes componentes principais: beta-lactoglobulina (35-65%), alfa-lactoglobulina (12-25%), imunoglobulinas (8%), albumina (5%) e a lactoferrina (1%).
O whey protein é, também, uma fonte rica de aminoácidos de cadeia ramificada: leucina, isoleucina e valina (BCAA) e outros aminoácidos essenciais, como a cisteína (o precurssor da glutationa um potente antioxidante). A leucina é um dos aminoácidos mais abundantes do whey protein e desempenha um papel fundamental na regulação da síntese de proteínas musculares, como mostra estudo publicado em 2014.